Calendário Vacinal de 2020 passa por modificações em relação ao ano anterior. Entenda as mudanças

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A Secretaria de Estado de Saúde divulgou uma atualização do Calendário Nacional de Vacinação 2020. O texto traz alterações em relação às recomendações para as imunizações. As mudanças já haviam sido anunciadas em dezembro do ano passado pelo Ministério da Saúde. Entenda as modificações:

Vacina   Recomendações em  

2019  

Passa a vigorar em 2020   Justificativa  
Meningocócica  

C (Conjugada 

Recomendada para crianças < 5 anos de acordo com a situação vacinal e adolescentes de 11 a 14 anos de  

idade  

Recomendada para crianças < 5 anos de idade, de acordo com a situação vacinal   Garantir a sustentabilidade da oferta da vacina contendo o sorotipo C  
Meningocócica  

ACWY  

(Conjugada 

Recomendada para adolescentes de 11 a 12 anos de idade   Recomendada para adolescentes de  

11 a 12 anos de idade  

Garantir a sustentabilidade da oferta da vacina contendo o sorotipo C para as crianças < 5 anos, além de proteger contra o sorogrupo W, considerando a gravidade da doença.  
  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

Febre amarela  

Residentes das áreas com recomendação para vacinação (ACRV) e viajantes que se deslocavam para essas áreas ou países endêmicos  Todos os municípios do Brasil passam a ser área com recomendação de vacinação (ACRV). Viajantes para países que exigem o Certificado Internacional de  

Vacinação e Profilaxia (CIVP).  

  

  

  

  

  

  

  

  

Proteger toda a população contra a febre amarela que causa surtos esporádicos com impacto para a saúde pública 

  

  

  

  

  

  

Dose única válida para toda vida 

Crianças< 5 anos:dose aos 9 meses de vida e a 2ª dose (reforço) aos 4 anos de idade 

  

Pessoas a partir de 5 anos de idade não vacinadas, ou sem comprovante de vacinação: aplicar uma dose que será válida para toda vida 

  

Caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina febre amarela antes de completar 5 anos de idade, deverá receber uma dose adicional, independentemente da idade em que o indivíduo procure o serviço de vacinação 

Poliomielite oral   Repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar.   Não repetir a dose se a criança regurgitar, vomitar ou cuspir    A VOP é aplicada em crianças maiores (reforços com 1 e 4 anos), portanto: raro regurgitar; a VOP tem uma excelente absorção na mucosa oral e é difícil mensurar se a criança vomitou as 2 gotas aplicadas
Vacina   Recomendações em 2019   Passa a vigorar em 2020   Justificativa  
Influenza     Crianças de 6 meses a <6 anos; indivíduos com 60 anos ou mais de idade e grupos específicos   Crianças de 6 meses a < 6  anos; indivíduos com 55 anos ou mais de idade e grupos  

específicos   

Reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus influenza, na população alvo para a vacinação 

  

dTpa     Recomendada para os seguintes profissionais de saúde:   

Médico anestesista, ginecologista, obstetra, neonatologista, pediatra, enfermeiro, técnico de enfermagem e demais profissionais que atendam recém-nascidos nas maternidades e berçários/UTI neonatais 

Recomendada para todos os profissionais de saúde, incluindo as parteiras tradicionais, considerando o histórico vacinal de difteria, tétano 

Os profissionais com esquema de vacinação primário completo, administrar a vacina dTpa como reforço a cada 10 anos em substituição da dT.  

Diminuir o risco da transmissão da coqueluche em RN e crianças 
Varicela     Profissionais de saúde suscetíveis à doença que estejam em convívio hospitalar com pacientes  

imunodeprimidos  

  1. Profissionais de saúde não vacinados e que trabalham na área assistencial, especialmente em contato com pessoas imunodeprimidas e os da área de pediatria devem receber uma ou duas doses de vacina varicela (atenuada), a depender do laboratório produtor 
  1. Vacinação de contatos de casos suspeitos ou confirmados em situação de surto de varicela em creche.  
Diminuir o risco da transmissão da varicela 
SCR – Bloqueio vacinal dos contatos de casos suspeitos ou confirmados de  

sarampo e rubéola  

Vacinação de crianças de 6 a 11 meses (dose zero) e de pessoas de 12 meses a 49 anos aplicar a dose de acordo com o calendário nacional de vacinação.    Vacinação de crianças de 6 a 11 meses (dose zero) e de pessoas de 12 meses a 49 anos aplicar a dose de acordo com o calendário nacional de vacinação.   

Indicado uma dose de vacina contendo os componentes sarampo e rubéola em pessoas a partir de 60 anos de idade não vacinadas ou sem  

comprovante de vacinação  

Controlar casos de sarampo ou rubéola 
HPV   O esquema recomendado para a faixa etária contemplada é de duas doses, com intervalo de 6 meses. Recomenda-se que o intervalo entre as doses não seja superior a 12-15 meses  Para os adolescentes que receberam a 1ª dose aos 14 anos de idade, a 2ª dose deve ser administrada com intervalo mínimo de 6 meses e máximo de até 12 meses 

   

Para que o esquema seja completado o mais breve possível, visando garantir uma elevada produção de anticorpos e a efetividade da vacinação 

A Secretaria de Estado de Saúde também divulgou mudanças no Programa Estadual de Imunizações:

Vacina   Recomendação do PEI   Recomendação do PNI  

  

BCG   É indicada, prioritariamente, para pessoas com até 15 anos de idade  A vacina está disponibilizada para crianças < 5 anos  
Hepatite  RN de mãe AgsHB+, é fundamental a administração precoce da vacina contra hepatite B, preferentemente nas primeiras 12 horas, bem como da imunoglobulina humana específica (IGHB – 0,5 mL), em sítios musculares distintos. A vacina deve ser utilizada mesmo que a imunoglobulina não seja disponível 

RN de mães AgHBs+, profissionais da saúde em risco de acidente com material biológico, pacientes submetidos à hemodiálise, pessoas infectadas pelo HIV e outros imunocomprometidos, parceiros sexuais e aqueles que compartilham agulhas com pessoas AgsHB+ podem necessitar de avaliação da concentração protetora de anti-HBs. Recomenda-se nestas situações teste sorológico quantitativo um a dois meses após a última dose da vacina 

  

RN de mães HBsAg reagente devem receber a imunoglobulina anti-hepatite B, e a primeira dose da vacina hepatite B (HBV) nas primeiras 12/24 horas. A avaliação da soroconversão deve ser realizada mediante anti-HBs entre 30 a 60 dias após a última dose da vacina que contém o componente para hepatite B.  
Pentavalente  

(DTP-Hib-Hep  

B)  

NÃO deve ser administrada antes de 6 semanas de vida, pois poderá induzir tolerância imunológica às doses adicionais dos componentes Hib e  

Pertussis.  

  

  

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VIP   Recomendada para crianças e adolescentes (até 19 anos) não vacinados ou incompletamente vacinados ou sem comprovação de dose recebida 

  

A vacina está disponibilizada para crianças < 5 anos 
VOP   Administrar o 1º reforço aos 15 meses e o segundo reforço entre 4 e 6 anos de idade 

Pessoas ≥ 20 anos de idade, sem comprovação vacinal ou com esquema incompleto, deverão receber a VIP, se forem viajantes se deslocando para áreas com recomendação da vacina 

  

Administrar o 1º reforço aos 15 meses e o segundo aos 4 anos de idade 

Pessoas ≥ 5 anos de idade, sem comprovação vacinal ou com esquema incompleto, deverão receber a VOP, excepcionalmente, se forem viajantes se deslocando para áreas com recomendação da vacina 

Pneumocócica  

10 valente  

NÃO deve ser administrada antes de 6 semanas de vida, pois poderá induzir tolerância imunológica às doses adicionais.      

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Vacina   Recomendação do PEI   Recomendação do PNI  

  

Febre amarela   1) Vacinação simultânea em crianças < 2 anos   

  • Para a criança que recebeu anteriormente as vacinas tríplice viral e febre amarela, não evidências de interferência na imunogenicidade entre elas, as duas poderão ser administradas simultaneamente ou com intervalo de 4 semanas 

  

  

  

  

  • Nesse momento, frente a atual situação epidemiológica de surto ativo de sarampo em vários municípios do estado de São Paulo, reforçase a necessidade de priorizar a vacinação com as vacinas tríplice viral (SCR) e tetraviral, devendo-se agendar a dose da vacina febre amarela com intervalo de 4 semanas 

  

2) Vacinação de pessoas ≥ 60 anos nunca vacinadosComo o estado de São Paulo é ACRV recomendase a vacinação desta população, no entanto, o serviço de saúde deverá avaliar doenças prévias (comorbidades), doenças autoimunes, tratamentos específicos ou uso contínuo de medicamentos que contraindiquem a aplicação da vacina febre amarela nesta faixa etária.   

  

1) Vacinação simultânea em crianças < 2 anos  

  • Para a criança que recebeu anteriormente as vacinas tríplice viral e febre amarela, não evidências de interferência na imunogenicidade entre elas, as duas poderão ser administradas simultaneamente ou sem intervalo mínimo entre as doses. Se a criança recebeu apenas uma das vacinas (tríplice viral ou febre amarela), estabelecer preferivelmente o intervalo de 30 dias entre as doses (mínimo 15 dias).  
  • Em situações onde exista o risco epidemiológico concomitante para febre amarela e os vírus contidos na vacina tríplice viral, o risco da não vacinação é maior que a possibilidade da diminuição da resposta imune. Dessa forma a vacinação simultânea deverá ser realizada sem levar em conta o intervalo entre as doses.  

  

2) Vacinação de pessoas ≥ 60 anos nunca vacinadosO serviço de saúde deverá avaliar a pertinência da vacinação, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária e/ou decorrentes de comorbidades 

SCR  
  1. Recomendada para pessoas de 12 meses até os nascidos a partir de 1960.  
  1. Pessoas de 5 a 29 anos de idade não vacinadas ou com esquema incompletoConsiderar vacinada a pessoa que comprovar 2 doses de SCR e/ou tetra viral.  

  

  1. Pessoas de 30 até os nascidos a partir de 1960 –  Considerar vacinada contra o sarampo a pessoa que comprovar 1 dose da vacina tríplice viral.  

  

  1. Vacinação simultânea em crianças < 2 anosPara a criança que recebeu anteriormente as vacinas SCR e febre amarela, as duas poderão ser administradas simultaneamente ou com intervalo mínimo de 4 semanas 

  

  

  1. Recomendada para pessoas de 12 meses a 59 anos 
  1. Pessoas de 5 a 29 anos de idade não vacinadas ou com esquema incompletoConsiderar vacinada a pessoa que comprovar 2 doses de vacina contendo os componentes sarampo e rubéola (dupla viral, SCR ou tetra viral).  
  1. Pessoas de 30 a 59 anos de idade–  

Considerar vacinada contra o sarampo a pessoa que comprovar 1 dose de vacina contendo o componente sarampo (monovalente, dupla viral ou SCR).  

  1. Vacinação simultânea em crianças < 2 anos– Para a criança que recebeu anteriormente as vacinas SCR e febre amarela, as duas poderão ser administradas simultaneamente ou sem intervalo mínimo entre as doses. Se a criança recebeu apenas uma das vacinas (SCR ou febre amarela), estabelecer preferivelmente o intervalo de 30 dias entre as doses (mínimo 15 dias).  

  

Vacina   Recomendação do PEI (Programa Estadual de Imunização) 
Recomendação do PNI (Programa Nacional de Imunização)

  

SCR   5) Vacinação simultânea em crianças < 2 anos– Nesse momento, frente a atual situação epidemiológica de surto ativo de sarampo em vários municípios do estado de São Paulo, reforçase a necessidade de priorizar a vacinação com as vacinas SCR e tetraviral, devendo-se agendar a dose da vacina febre amarela com intervalo de 4 semanas.   5) Vacinação simultânea em crianças < 2 anos– – Em situações onde exista o risco epidemiológico concomitante para febre amarela e os vírus contidos na vacina SCR, o risco da não vacinação é maior que a possibilidade da diminuição da resposta imune. Dessa forma a vacinação simultânea deverá ser realizada sem levar em conta o intervalo entre as doses.  
Tetraviral   1) Vacinação simultânea em crianças < 2 anos   

  • Para a criança que recebeu anteriormente as vacinas tetraviral e febre amarela, as duas poderão ser administradas simultaneamente ou com intervalo de 4 semanas 

  

  

  

  

  • Nesse momento, frente a atual situação epidemiológica de surto ativo de sarampo em vários municípios do estado de São Paulo, reforçase a necessidade de priorizar a vacinação com as vacinas SCR e tetraviral, devendo-se agendar a dose da vacina febre amarela com intervalo de 4 semanas.  
1) Vacinação simultânea em crianças < 2 anos  

  • Para a criança que recebeu anteriormente as vacinas tretraviral e febre amarela, as duas poderão ser administradas simultaneamente ou sem intervalo mínimo entre as doses. Se a criança recebeu apenas uma das vacinas (tretraviral ou febre amarela), estabelecer preferivelmente o intervalo de 30 dias entre as doses (mínimo 15 dias).  
  • Em situações onde exista o risco epidemiológico concomitante para febre amarela e os vírus contidos na vacina tetraviral o risco da não vacinação é maior que a possibilidade da diminuição da resposta imune. Dessa forma a vacinação simultânea deverá ser realizada sem levar em conta o intervalo entre as doses.  
Varicela   A vacinação na pós-exposição está indicada para controle de surto em áreas indígenas, ambiente hospitalar, creches e escolas que atendam crianças < 7 anos, funcionários destas instituições. Administrar a vacina nos comunicantes suscetíveis imunocompetentes até 120 horas (cinco dias) após o contato.   Em situações de surto de varicela em creche, em ambiente hospitalar e em áreas indígenas.    
Pneumocócica 23 valente   A partir de 2 anos de idade, conforme orientação do Manual dos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), 5ª edição de 2019.   Não administrar na rotina em crianças menores de 5 anos 

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