Fique sabendo: Secretaria de Saúde traz informações sobre prevenção ao HIV. Testes rápidos podem ser realizados nas Unidades de Saúde

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O mês de dezembro marca uma grande mobilização nacional sobre prevenção ao vírus HIV e outras IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis). O #DezembroVermelho é um alerta para toda população buscar as Unidades de Saúde, de segunda à sexta-feira, das 07h às 16h30, para realização dos testes de HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, como Sífilis, que devem ser realizados pelo menos uma vez ao ano.

Em 2019, Lorena realizou 3.470 testes rápidos de HIV. Desses, 32 apontaram diagnósticos positivos e estão em acompanhamento no Ambulatório Municipal de Infectologia. A prevalência quanto ao sexo foi de 24 testes positivos para homens e 08 testes para mulheres, sendo que, das 08 mulheres, 04 eram gestantes. A faixa etária de maior incidência foi de 30-39 anos para homens e de 40-49 anos para mulheres. Portanto, a população jovem é a que apresenta maior risco de adquirir a doença.

A AIDS é uma doença infecciosa, transmitida pelo vírus HIV. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, do Ministério da Saúde e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), a cada 15 minutos uma pessoa se infecta com o vírus no Brasil e sete pessoas morrem por dia no Estado de São Paulo.

O HIV é ainda permeado de preconceitos, e para desconstruir preconceitos é preciso desfazer os mitos:

  1. Beijo na Boca Transmite HIV?

Mito: O contato com a saliva não transmite o vírus HIV e por isso o beijo na boca pode acontecer sem peso na consciência, à não ser que os parceiros tenham alguma ferida na boca, porque sempre que há contato com o sangue existe o risco de transmissão.

  1. Homem ou mulher com HIV não pode ter filhos?

Mito: A mulher que é HIV positivo pode engravidar, mas deve realizar os exames para saber se sua carga viral é negativa e ainda assim deve tomar todos os remédios que o médico indicar para não contaminar o bebê. Em todo caso, se o homem ou a mulher forem soropositivos, para evitar a contaminação do parceiro é recomendado realizar uma fertilização in vitro, sendo particularmente indicado usar a técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Nesse caso o médico retira alguns óvulos da mulher e em laboratório insere os espermatozoides do homem dentro do óvulo e depois de algumas horas implanta estas células dentro do útero da mulher.

  1. Quem tem HIV não precisa usar camisinha se o parceiro também tiver o vírus.

Mito: Ainda que o parceiro também seja HIV positivo é recomendado usar camisinha em todo contato íntimo porque existem diferentes subtipos do vírus HIV e eles possuem cargas virais diferentes. Por isso se uma pessoa possui somente o tipo HIV 01, mas o seu parceiro possui HIV 02, se eles tiverem relações sem camisinha ambos terão os dois tipos de vírus, sendo mais difícil adequar o tratamento.

  1. Quem tem HIV tem AIDS

Mito: HIV refere-se ao vírus da imunodeficiência humana e a AIDS é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e por isso estes termos não podem ser usados como sinônimos. Ter o vírus não significa estar doente e por isso o termo AIDS só é indicado quando a pessoa adoece devido à fraqueza do seu sistema imune e isso pode demorar mais de 10 anos para acontecer.

Apesar de todo o preconceito existente envolvendo o HIV e seus portadores, é importante destacar que o tratamento à doença evoluiu muito nos últimos 30 anos. As pessoas que vivem com o vírus podem realizar gratuitamente o tratamento fornecido pelo SUS e dessa forma, melhorar sua qualidade de vida. Vale lembrar que o tratamento evoluiu, e a pessoa com HIV pode levar uma vida normal, mas ainda não há cura para a doença. Por isso, a adoção de medidas de prevenção é essencial para evitar o contágio.

Atenção às dicas:

  • Use camisinha: o uso de preservativo nas relações sexuais protege contra o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis e funciona como um método contraceptivo.
  • Não compartilhe materiais perfuro corantes, como tesouras, agulhas e alicates de unhas: o contato do sangue infectado com o sangue saudável é capaz de transmitir o vírus.

Outras situações que oferecem risco de contágio são transfusão de sangue, e também durante a gestação, quando a mãe portadora do vírus não realiza corretamente o Pré-Natal.

A AIDS tem tratamento, e a prevenção depende apenas de suas condutas de autocuidado. Portanto, previna-se e FIQUE SABENDO: Faça o teste de HIV.

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