Setembro amarelo: é preciso tocar no assunto

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O suicídio é um mal que preocupa o mundo inteiro e, embora exista relação entre distúrbios suicidas e mentais, sobretudo depressão e alcoolismo, vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momentos de crise, tais como problemas financeiros, términos de relacionamento, dores crônicas ou doenças. As taxas também são altas em grupos que são alvo de discriminação, como refugiados, indígenas, pessoas LGBTI.

Dados da OMS apontam que, a cada ano, 800 mil pessoas tiram a própria vida e um número ainda maior de indivíduos tenta o suicídio. No Brasil, cerca de 32 pessoas se suicidam diariamente.

Isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda.

O suicídio é um ato de comunicação. Quem se mata, na realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável.

A prevenção ao suicídio consiste em um trabalho conjunto que envolve a colaboração entre diversos setores da sociedade, incluindo saúde, educação, trabalho, agricultura, negócios, justiça, lei, defesa, política e mídia. Esses esforços devem ser amplos e integrados, pois apenas uma abordagem não pode impactar em um tema tão complexo.

É daí que surge o #SetembroAmarelo, com o intuito de associar a cor ao mês que marca o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio (10 de setembro), fazendo com que ao olhar para a cor, as pessoas sintam-se convidadas a falar sobre o assunto, para que deixe de ser um tabu. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade.

Além disso, o diálogo e a transparência são elementos fundamentais na prevenção. É preciso ter uma abordagem acolhedora e sem nenhum tipo de preconceito, ter interesse pleno em ajudar esse alguém. A importância do diálogo para alguém que está passando por um sofrimento profundo é enorme, pois falar abertamente sobre seus sentimentos ajuda a aliviar as pressões internas.

Você se vê nestas condições ou conhece alguém que está assim?

Ao se deparar com estes sentimentos, procure ajuda. Vá até a Unidade de Saúde mais próxima ou procure pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que oferece acompanhamento clínico qualificado, além de todo acolhimento em prol da reinserção social, fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

O CAPS fica à Estrada Municipal Sta. Teresinha, 815 – Cidade Industrial.

 

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